24 julho 2011

Meu Passarinho!

Filho, a mamãe tá aqui, tá tudo bem, você faz um milhão de gracinhas por minuto e eu babo o tempo todo, talvez por isso tanto tempo sem escrever! Não, tudo bem, isso não tem desculpas, é um tempo que não volta nunca mais, momentos que se perdem na minha cabeça desmemoriada... mas, vamos lá, recordar é viver (frasezinha que me mata!).

Pelo que vi, a última vez foi em abril... não lembro se você já se arrastava, mas algumas coisas eu sei que mudaram dessa época para cá, por exemplo, lembro da primeira vez que você realmente engatinhou (não me pergunte com quantos meses e nem datas), mas a cena está viva na minha cabeça, foi no Bangalô (casa do Vovô Andrade), você de quatro, indo lentamente, e super atento aos movimentos, primeiro uma mãozinha para frente, seguida da outra, e depois as perninhas, seguido de umas duas repetidas... e o mais engraçado, que já percebi que é um jeitinho seu de se arriscar, é sempre na calada, quando as pessoas estão conversando distraídas é que você está tentando, como que escolhendo um momento que ninguém está te incentivando e você está indo sozinho vendo se faz direitinho para só então mostrar para os outros.

As fotos ilustram um pouco as suas conquistas recentes:


No parquinho da 107 sul brincando na areia.

Na gangorra "big boy"

Com a mamãe no bangalô, comendo pedras!


Na casa nova com o liqui

Com a tia Rebeca e Maitê (colocando a latinha de nivea na cabeça da amiguinha)

Com 8 meses - primeiro registro de você sentado

No bangalô com as queridas pedras (10 meses)

11 meses e 4 dentinhos!




Foi assim que se arrastou pela primeira vez, pois tinha te colocado no tapetinho, fui para a cozinha  e depois te vi próximo a estante de livros, já no chão... aí demorou a fazer na nossa frente, deve ter dado várias treinadinhas quando ninguém estava olhando.

A palminha demorou, essa eu sei até a data (rá, 4 dias atrás), e foi assim: estávamos eu, você, Maitê (que é 2 meses mais nova e bate palminhas há tempos), e tia Rebeca. Como sempre fizemos a Maitê bater várias palminhas para te incentivar, você como sempre observou mas nada fez, passado um tempo, te vejo distante, embaixo da mesa concentrado nas mãozinhas e batendo palma! Pronto, aprendeu!!! Agora finalmente bate palminhas!

Bom, continuando com as coisas fofas que você faz (as mais recentes), temos: um vasto vocabulário, que começou com mamã, papa (de vez em quando mamãe e papai), darin e cacuncá (sem tradução), bobó (vovó), disse dindo duas vezes de tanto que o padrinho insistiu, aga (água), abol (a bola), e a preferida atualmente: muca ou amuca (música, a música), esta tem sido a mais falada, começou com o papai no quartinho de música, quando ele te mostrou as pick ups, o disco de vinil rodando, aquelas luzinhas e botões do mixer, foi paixão a primeira vista.

Você colocou a mão no disco rodando e viu que o som muda, e dependendo do que aperta acontece a mesma coisa, isso te deixa louco e é recorrente a engatinhada rumo ao quartinho falando a muca, muca, se ninguém o papai te põe no colo para você mexer no paraíso, você passa um tempão brincando com os discos de vinil colocados em caixas no chão, e daí você passa os discos, tira, observa, e se bobear tira o disco da capa e esfrega no chão, para desespero geral!

Melhor que isso não há, mas há outra paixão sua, que é antiga: o liquidificador, aliás se sua festa de aniversário fosse temática, eu ficaria dividida entre um bolo em formato de disco de vinil ou na forma de um liquidificador, porque esse há tempos você enlouquece com o barulho (que aqui em casa é diário), você simplesmente para tudo para ver e fica hipnotizado pelo tal do liquidificador funcionando. De forma que há tempos virou rotina pegar você no colo quando vamos bater a vitamina de todo dia.

A novidade, é que provavelmente a mamãe aqui, precisando arrumar um tempo para fazer alguma coisa qualquer, te deu o liquidificador inteiro para brincar no chão, e pronto, não tem ursinho, carrinho, brinquedo pedagógico, rolha de vinho, embalagem de fio dental, caixinha de lente, enfim, nenhum brinquedo desse mundo tem sido melhor que o liquidificador (só precisamos achar um nome melhor, eu faço brrrr e você repete, mas seu pai jura que ouviu você falando algo como liquidificador).

Fora isso, nos mudamos para Goiânia, há exatamente 21 dias. E vendo pelo seu lado acho que só teve a ganhar, pelo menos por enquanto, pois aqui temos mais pessoas (tia Marisinha, Mariana, a Vovó) que te dão muito carinho e atenção e que você fica super a vontade. Nossa casinha está melhor e bem mais acessível para você, que transita livremente, tem um quarto super legal com todos os seus brinquedos disponíveis, o que tem feito o "não pode" bem menos recorrente.

Você continua um fofo, super sociável, cheio de sorrisos, não estranha ninguém (exceto um escândalo recente com o novo pediatra). Ao brincar sozinho é sério e tem um ar de ocupado, como se estivesse em um trabalho. Gosta de colo e de companhia, muitas vezes só precisamos ficar próximos que você fica numa boa, tampando e destampando as coisas obsessivamente, ou colocando no chão, pegando, colocando de lado, falando sem parar.

E assim é sua vidinha, que modéstia a parte acho que tem sido muito boa, você tem uma casa legal, toda sua, um lugar que conhece e se sente bem, e que na verdade é o seu mundo todo (praticamente), está sempre muito bem assistido, mais na companhia da mamãe e do papai, quando te deixamos é só com pessoas que confiamos totalmente, e isso meu filho, acredite, é muito importante e me dá uma enorme satisfação saber que você se sente tão seguro, como eu acredito que todos os bebês merecem se sentir nesse período tão frágil.

Bom, muito resumidamente é isso, agora vamos ver se a mamãe volta a escrever né, pelo menos uma vez por mês, beijos!!!